terça-feira, 22 de março de 2016

Sequência 7: Sinal de igual



Trata-se de uma tarefa sobre igualdade das expressões numéricas, desenvolvendo relações de relações numéricas e equivalência.
Séries/anos nas quais ela pode ser aplicada: 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
Foi desenvolvida na turma das professoras: Carla e Cidinéia.

Objetivo: Identificar  a igualdade das expressões numéricas, com o intuito de encontrar relações numéricas, reforçando o significado de equivalência do sinal de igual.

Tarefa:
Observe as expressões abaixo e tente descobrir o segredo para resolvê-las:

 



A. Respostas esperadas:
- 15                             - 26
-15                              - 15
-14                              - 12
-10                              - 14
-9                                - 13


B. Potencialidades da tarefa:

  • Compreender a equivalência do sinal de igual e a igualdade das expressões numéricas;
  • Compreender que em alguns momentos os números diminuíam e em outros aumentavam, o que facilitava entre as crianças a resolução, apenas observando as relações existentes entre os números, tanto na horizontal, quanto na vertical;
  • Estabelecer relações entre os números comparando as expressões que se apresentam de ambos os lados do sinal de igual;
  • Nas primeiras quatro expressões os alunos podem verificar que, na adição, a ordem das parcelas não altera o resultado. Na expressão os alunos podem usar um raciocínio de compensação, argumentando, por exemplo, que o número em falta é o 14, uma vez que para manter a equivalência a unidade que se adiciona a 11 para obter 12 tem de ser subtraída a 15;

C. Descrição de como foi a tarefa em sala de aula:
C1 - Prof.ª Cidinéia - 3º ano
A tarefa foi desenvolvida no ano de 2014, com um 3º ano do Ensino Fundamental, crianças entre 8 e 9 anos. As tarefas possibilitaram muitas discussões e reflexões pelos alunos, que pensaram a respeito das expressões e também procuraram trazer outros exemplos e generalizações para as discussões.
Foi entregue aos alunos cópias das expressões numéricas. Dos 26 alunos presentes, a sala foi organizada em duplas. Inicialmente os alunos sentiram dificuldades em compreender que não precisariam colocar um resultado após o sinal de igual, a fim de resolver a expressão. A partir das intervenções realizadas em cada dupla, compreenderam que o sinal de igual, nesse momento possuía outra função, nesse caso de equivalência.
A medida que realizavam as tarefas procurei intervir em cada dupla, pela dificuldade que encontraram em compreender o sinal de igual nas expressões. Alguns alunos já haviam compreendido que havia um “segredo” entre as expressões.

C2 - Prof.ª Carla - 7º ano
Esta tarefa foi realizada com um grupo de alunos de um 7º ano, no ano de 2014, numa escola privada. A pesquisadora contou com a colaboração de 2 alunos que filmaram todo o movimento das discussões e processo de generalização das ideias matemáticas dos alunos. 
Foram entregues aos alunos cópias das expressões numéricas.A tarefa foi realizada num grupo com 5 alunos e enquanto a professora fez as intervenções outros dois alunos fizeram a filmagem.
No inicio da realização da tarefa os alunos são resistentes quando são desafiados a pensar e falam frases do tipo: “Ah professora se você falar a regra eu não vou saber resolver...”. Nota-se que esses discursos iniciais vêm de uma cultura de aula na qual só se ensina regras. No momento da filmagem os alunos começam a se interessar pela tarefa e quando perguntados o que seria o sinal de igual para eles os alunos respondem que:“ significa coisas equivalentes” “mesmo peso”, “mesmo valor”, “ que mostra o mesmo resultado” , “ pra dá o resultado de uma conta”...
A pesquisadora fez a leitura do enunciado da tarefa junto com os alunos fazendo as intervenções e questionamentos conforme suas respostas para que visualizassem a regularidade na expressão e generalizassem.  

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